"Um critério seguro para medir o grau de liberdade existente numa sociedade reside no exercício da livre escolha dos cidadãos, no espaço que lhes é oferecido. Trata-se de coisas aparentemente tão anódinas como a liberdade de ir-e-vir, a liberdade de escolha de uma religião, a liberdade de uso do corpo de cada um,..."
FONTE: http://www.avozdocidadao.com.br/agenda_livre_escolha.asp

terça-feira, 8 de março de 2011

DISCUTINDO COM O GUARDA (FISICA NO TRANSITO)

Suponha que um educadíssimo e calmíssimo guarda de trânsito tenha parado uma jovem e decidida motorista que o tenha ultrapassado em alta velocidade. Dirigindo-se à simpática motorista, ele avisa:
- Vou multá-la por excesso de velocidade. - E, para sua total e completa infelicidade, completa: - A senhorita estava a 100 quilômetros por hora.
A jovem, que não estava nem um pouco inclinada a pagar uma multa, responde no ato:
- Impossível. Como posso ter estado a 100 quilômetros por hora, se só estou dirigindo, no máximo, há sete minutos?
O guarda (não esqueça, era educadíssimo e calmíssimo), com toda a paciência do mundo, afirma:
- Minha senhora, o que eu quis dizer é que se continuasse andando como estava, em uma hora teria percorrido 100 km...
Mas a jovem não desiste e responde:
- No momento em que o senhor fez sinal para que eu parasse, eu tinha tirado o pé do acelerador e, de fato, meu carro estava parando. Assim, se eu continuasse como estava, jamais percorreria os 100 quilômetros em uma hora, ou em qualquer intervalo de tempo! Além disso, no quarteirão seguinte há um muro que corta esta rua, impedindo o trânsito. Como então eu poderia percorrer seus 100 quilômetros?
O guarda atinge aqui o seu limite máximo de paciência e, tentando conter seus impulsos mais primitivos, diz-lhe em tom alterado:
- Olhe, o que eu quis dizer é que o velocímetro do seu carro devia marcar 100 quando eu lhe pedi para parar!
Dá-se então a crise total. A menina olha inocentemente para o guarda e afirma com muita calma:
- O velocímetro deste carro está quebrado e, de fato, não pode marcar nada em absoluto, o que significa que não poderia marcar 100 ou qualquer outra coisa.
O guarda, agora pálido, fecha os dentes e, após um profundo suspiro, fala em tom grave, mal conseguindo se conter:
- Certo! O velocímetro do seu carro está quebrado e se a senhora continuasse avançando como estava, terminaria por se chocar contra o muro no fim da rua.
Resta o fato de que, no segundo em que eu a vi, a senhora percorreu inegavelmente 28 metros... Portanto, vou multá-la por apresentar a velocidade de 28 metros por segundo nesse intervalo de tempo!...
Muito provavelmente, você ache que isso já seria suficiente para fechar a discussão, e talvez eu ache também, mas a jovem sentada à direção do veículo não tinha a mesma opinião e, com um sorriso irônico, contra-atacou o guarda, afirmando:
- Sim! Mas não há nenhuma lei que me proíba de andar 28 metros por segundo. O que existe realmente é uma lei proibindo que eu ande a 100 quilômetros por hora!...
Finalmente, o equilíbrio emocional do guarda sofre ruptura total, enquanto ele grita:
- Mas dá na mesma! Na MESMA! Na MESMA!!...
E a pobre garota, agora assustada e quase aos prantos, ainda murmura:
- Mas, seu guarda, se fosse a mesma coisa o senhor não estaria gritando comigo há 15 minutos, tentando justificar uma multa absurda...

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